Régua de Sensibilidade ao Risco Climático FEBRABAN – Camada 3 por Operação

Download ilustrado da camada 3 por operação da régua de sensibilidade ao risco climático da FEBRABAN em https://www.b3bee.com.br/site/wp-content/uploads/2023/08/B3Bee-Regua-Sensiblidade-Febraban-3-Operacoes-Macro-v1.pdf.

Em continuidade aos artigos anteriores https://www.b3bee.com.br/site/2023/08/16/regua-de-sensibilidade-ao-risco-climatico-febraban/ , https://www.b3bee.com.br/site/2023/08/17/regua-sensibilidade-risco-climatico-febraban-camada-1-setor-cnae/ e https://www.b3bee.com.br/site/2023/08/23/regua-de-sensibilidade-ao-risco-climatico-febraban-camada-2-por-cliente/, a camada 3 corresponde à avaliação considerando o risco climático atribuído a cada operação.

Analogamente à lógica das camadas anteriores, destacaremos apenas a consolidação adicional do risco locacional (número 6 na ilustração). A combinação entre natureza das atividades (número 1 na ilustração) e rating de crédito da operação (2) convergem na matriz do risco não locacional (3).

Já o risco locacional (6) é composto pelo risco climático (4) combinado com a gestão climática (5). A combinação entre risco não locacional (3) e risco locacional é (6) que determinará a relevância (7), daí em diante se assemelhando às camadas anteriores por setor e cliente.

Conforme o manual da FEBRABAN:

“Para cálculo da relevância da camada 3 (ou seja, análise no nível das operações) foi adicionada uma etapa de análise que avalia especificamente o risco locacional das operações, permitindo a consideração do “Risco climático” vinculado aos locais onde está a exposição das operações ao risco e a consideração da “Gestão climática” do cliente naquela operação para mitigação do risco…”

“O risco locacional também é classificado em baixo, médio ou alto, sendo avaliado considerando a localização das unidades produtivas dos clientes. Para isso, o banco necessita identificar as regiões, os riscos climáticos (físico e de transição) aos quais estão expostas e a gestão de riscos climáticos das operações. A primeira informação, relativa à localização, caso já não seja demandada aos clientes pelo banco, deverá passar a ser solicitada, ao passo que para a obtenção da segunda, relativa aos riscos climáticos de transição, existem opções de ferramentas, pagas e abertas, online, disponível no guia “Apoio à gestão de riscos climáticos: Guia de ferramentas abertas e restritas” da FEBRABAN.

Muitas destas ferramentas já são usadas por bancos para análise de risco socioambiental de clientes e operações. Os bancos podem avaliar se estas ferramentas fornecem informações sobre riscos locacionais climáticos. Algumas sugestões de ferramentas abertas estão listadas no quadro a seguir:

  • Think Hazard: Informa os desastres naturais aos quais uma área está exposta, com descrições dos potenciais impactos.
  • WRI Aqueduct Atlas: Mapa que indica riscos hídricos atuais e em cenários climáticos de 2020, 2030, 2040, por local (segmentados por tipo).
  • WWF Water Risk: Mapa indica riscos hídricos atuais (segmentados por tipo).

A terceira informação, a gestão climática, se refere à identificação de práticas para mitigação e/ou adaptação aos riscos físicos e de transição nas operações. Isso pode ser verificado por meio de questionários socioambientais ou existência de certificações, além da contratação de seguros.

Sendo assim, para atribuir o risco locacional, o banco deve identificar quais as unidades produtivas do cliente que estão associadas à operação de crédito analisada.

Caso exista mais de uma (ou seja, uma operação com risco corporativo), sugere-se que o banco:

(i) atribua à operação o mais alto grau de risco climático e o pior grau de gestão climática, entre as unidades identificadas; ou

(ii) faça uma média ponderada dos graus de risco climático e gestão climática das unidades identificadas, considerando a representatividade de cada unidade.

Dessa forma, a segunda etapa de avaliação da relevância no nível das operações é dada pela relação entre o risco climático (físico e de transição) e a gestão climática, retornando o risco locacional, baixo, médio ou alto…”

Maiores detalhes dessa dinâmica, amplamente exemplificada na Régua Multissetorial de Sensibilidade ao Risco Climático no link https://cmsarquivos.febraban.org.br/Arquivos/documentos/PDF/R%C3%A9gua%20de%20Sensibilidade%20ao%20Risco%20Clim%C3%A1tico%20-%20V_2-%202022.pdf.

Demais estudos de sustentabilidade da FEBRABAN: https://portal.febraban.org.br/pagina/3085/43/pt-br/estudos-sustentabilidade-2019

Essa e outras publicações com o tema Risco Social, Ambiental e Climático em https://www.b3bee.com.br/site/category/esg_rsac/ e https://www.b3bee.com.br/site/category/cadoc/esg2030/.

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Yoshio Hada: sócio administrador da B3Bee Consultoria e Sistemas, licenciando sistemas às instituições financeiras nos temas de Modelagem RSAC, dados abertos (Demonstrações Financeiras, Pilar 3, GRSAC e Canais de Atendimento), CADOC’s (DLI 2062, COS 40XX, Saldos Diários 4111, 5011, ETF 80XX, DF 9011/9061, SVR 9800, ESG DRSAC 2030, RCP 4076, Pagamentos do Varejo e Canais de Atendimento 6209), FGC405, conversão de layouts (ETL), controle de limites, calendário de obrigações acessórias ou rotinas administrativas, validação e envio de CADOCs.

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